O nada está no silêncio
O nada está no barulho
O nada atua nos sentimentos anestesiados pelo cotidiano
Vasculha os buracos deixados pela sua falta de reflexão
Perfura sua razão
Há os que o desprezam e há os que o escutam
A diferença é que os primeiros insistem em se fechar nas suas certezas morais e racionais
Nestes, só o leito da morte abrirá seus ouvidos
Perceberão que agora, no momento da partida, seus muros de certezas de nada serviram
Eis o nada proferindo sua última palavra
O nada seduz
O nada provoca
O nada duvida
No nada não existe dualidade
O nada nunca é
Sua imagem nunca teve lugar entre os heróis
Sua memória nunca foi lembrada
Ainda vivo talvez...
Mas sempre no submundo da história
Relegado ao mundo marginal, onde o absurdo age de forma mais transparente, porém, sem deixar de ser cruel.
Jaime José Silva.
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