domingo, 12 de outubro de 2008

Eros e Psique


Noite interminável;
Solidão espontânea;
Não sou tão amável;
Nessa vida contemporânea;

Bares, cabarés, “puteiros” zonas inteiras!
Promiscuidade algoz nos gêneros;
Vidas, cidades, estados nações... Sem limeiras.
Vaidade, desgosto, sem rosto, sem Eros.

Alma Beat, alma morta, sem almoço nu!
Psique autobiográfica. Vida superficial;
Festim dramático, hialino, nu.
Terror prepotente, fútil, visceral e, finalmente, fatal...

J.C.Desterro.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

o Circo




Quantas vezes você se sentiu como uma peça de uma engrenagem? O que é pior é ser uma peça descartável. Conheci uma cidade nas minhas andanças, uma que todas as pessoas se conheciam, se cumprimentavam, eram pessoas conhecidas, amigos, familiares.

Porém...

Quando o espetáculo circense começa, as arquibancadas se tornam duas cores, as pessoas se dividem em dois blocos, e ficam discutindo como o palhaço não tem piadas boas, ou como o mágico faz seus truques. Como o malabarista é equilibrado, mas, não falam entre si. As bandeiras repartem vidas, a imbecilidade toma conta do universo, aflora o melhor que há no público. Risadas. Risadas sádicas, risadas amarelas, risadas vingativas, risadas embriagadas até mesmo risadas insanas, riem de si, do outro. É incrível, famílias inteiras entregue à melancolia de uma vida promíscua.Vendem-se pelo espetáculo, vendem-se pelo “amor” a uma bandeira, vendem-se por dinheiro, vendem-se por trocados, vendem-se por serem promíscuos, vendem-se por serem hipócritas, vendem-se pela ignorância, pela fome, pelo cheiro, pelo ar, vendem-se por não haver opções, vendem-se por serem ridículos, vendem-se, se vendem.. Quer saber? Que se fodam!

Não gostei daquela cidade, egoísmo as vezes faz bem! seja egoísta! mas vá ao circo!Afinal de contas, é uma "obrigação", um direito se divertir...

Espero sinceramente que não gostem disso.

J.C.

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