quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Pequenas estórias...
Ela voltou, me beijou, disse adeus, virou as costas e foi embora.
*****
Abriu a geladeira, fez seu sanduíche, voltou para cama, ligou a televisão e morreu engasgado.
*****
Cantou uma bela canção, entregou as flores para ela. Ela sorriu e teve dois filhos. Que anos depois lhe deram cinco netos que vieram da cidade grande para cuidar de seus avôs.
*****
Queria ser jogador de futebol, mas virou advogado. Queria casar com Maria, mas casou com Rosa. Queria um carro, mas só conseguiu comprar uma moto. Queria ter uma filha, entretanto, ganhou quadrigêmeos.
*****
O primeiro beijo na boca foi aos 13 anos, aos 15 preferias as escadas por medo de elevador, aos 21 aprendeu a andar de bicicleta caindo e por conseqüência perdeu a memória. Mas, teve a boa sensação de novamente dar o primeiro beijo na boca aos 22 anos.
*****
Sentia frio no verão e sonhava que existia uma árvore que dava chocoleite. Usava meias roxas mesmo que tendo de vestir uniforme branco. Virou dentista por pressão da família e poeta nas horas vagas. Viajava para a fazenda quando todos iam para a praia.
*****
Não sonhava por que achava que isso era coisa de desocupado. Virou um carteiro e ficou condenado tendo que entregar cartas de amor aos apaixonados.
*****
- Dois pasteis e um cafezinho com leite. – Era o pedido de todas as manhas do delegado da cidade ao chegar à lanchonete. Sem perder a postura deixava o distintivo à mostra para ninguém lhe faltar com respeito. Um dia, sua mulher fez um barraco por achar um fio de cabelo no seu paletó, desde então envergonhado o delegado só fazia o pedido por telefone.
*****
Vendia sapatos por uma questão de paixão. Sua vida não era nada sem sua loja. Era como se fosse tênis sem sola, sapato sem cadarço ou sandália sem enfeite.
*****
Alceu dispor...
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Apenas um lugar
Manhã são as lições
Tarde são os rios e as plantações
Noite é o cantarolar dos pássaros noturnos
Homens a descarregar o cotidiano nos bares
Mulheres em casa, interrompidas de procurarem um espaço para aliviar suas angústias
Muitas são as rezas
Apesar do silêncio, pouca é a paz
Ali onde a paisagem é bela
O tempo está encarregado de tornar tudo apenas mais um lugar.
Jaime José Silva.
Tarde são os rios e as plantações
Noite é o cantarolar dos pássaros noturnos
Homens a descarregar o cotidiano nos bares
Mulheres em casa, interrompidas de procurarem um espaço para aliviar suas angústias
Muitas são as rezas
Apesar do silêncio, pouca é a paz
Ali onde a paisagem é bela
O tempo está encarregado de tornar tudo apenas mais um lugar.
Jaime José Silva.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Hum...
sábado, 20 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Nada a declarar
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
As estórias do homem de barba. 2.
As estórias do homem de barba.
Tereza tentava algo inovador.
Até a tentação aparecer vestida de Ternura.
Pegou a tinta turva e fez uma grande Tatuagem.
Tentando fugir da fulga.
Mas de nada Adiantou.
Tereza conheceu Teotônio.
Teotônio sem Ter nada.
Só via televisão.
Pela telenovela, Tereza trocou Teotônio por outra tatuagem.
E foi assim que
Deixou o T e ficou com a Reza.
Alceu Kunz
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Desligue o motor da razão
Venha ver como dois e dois podem ser cinco
Ouça apenas o batuque sonoro do coração
Destrua o fato
Construa a dúvida
Iluda o desejo
Embriague-se com a canção
A bengala do tempo são cavernas...
Construídas para manter a vontade de se sentir seguro
Trapo ingrato que cobre esta tua pele
Disfarçando a carne e nutrindo o sorriso da ignorância
Rasgue, chute, risque
Corra o risco
Depois abra os olhos
E veja que nem tudo que te rodeia sai do teu umbigo.
Jaime José Silva.
Venha ver como dois e dois podem ser cinco
Ouça apenas o batuque sonoro do coração
Destrua o fato
Construa a dúvida
Iluda o desejo
Embriague-se com a canção
A bengala do tempo são cavernas...
Construídas para manter a vontade de se sentir seguro
Trapo ingrato que cobre esta tua pele
Disfarçando a carne e nutrindo o sorriso da ignorância
Rasgue, chute, risque
Corra o risco
Depois abra os olhos
E veja que nem tudo que te rodeia sai do teu umbigo.
Jaime José Silva.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Fumar!
E o camarada que tinha como vicio fumar um cigarro na Ilha da magia agora terá que se cuidar. A lei anti-fumo finalmente chega em Florianópolis. Hora fumar faz mal a saúde, fumar causa impactos ambientais, fumar causa poluição. Então até aí não vejo nenhuma novidade. O camarada não tem carro, nunca tomou coca-cola nem se quer assiste televisão, BBB para o camarada é uma espécie de banco. O camarada nem come carne por razões plausíveis. Mas o camarada fuma. Agora ele será perseguido pela maioria da população, a perseguição será inicialmente de maneira sutil, com olhares, com falas mansas, até mesmo com gestos. Depois o camarada vai ouvir de autoridades, mesmo assim o camarada não vai parar de fumar, ora ele pergunta ao milico sobre os desastres que as fabricas causam e não são restritas, os problemas causados pela alienação proveniente de várias horas diárias de tv, ou até mesmo a apatia das pessoas perante aos desaforos públicos do sistema de governo de seu país. Mas o camarada nada poderá fazer, apenas abaixar a cabeça, e se estiver no ponto de ônibus terá que sair para fumar seu cigarro, mesmo se estiver chovendo, e mesmo que essa chuva seja ácida .
J.C.
fonte.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Sem demora...
Devido a presa, ao esquecimento do meu PENDRIVE com as demais postagens e a minha falda de inspiração, passei aqui hoje para divagar palavras e desejar a todos um bom carnaval....
Já escolheu o seu bloco???
Alceu Kunz
Já escolheu o seu bloco???
Alceu Kunz
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Na gramática, infinitivo é uma das três formas nominais do verbo e é a forma com a qual um verbo se apresenta naturalmente, sem qualquer conjugação; é o "nome" do verbo. Dá ideia de uma ação ou estado, porém sem vinculá-la a um tempo, modo ou pessoa específica.
Nessa animação de um minuto passamos a ideia do tempo como uma série de acontecimentos apresentados pelos verbos no infinitivo.
Assim, a vida passa a ser o coletivo de ações traduzidos em infinitos verbos, até culminar no último deles: morrer...
Jaime José Silva.
Nessa animação de um minuto passamos a ideia do tempo como uma série de acontecimentos apresentados pelos verbos no infinitivo.
Assim, a vida passa a ser o coletivo de ações traduzidos em infinitos verbos, até culminar no último deles: morrer...
Jaime José Silva.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Setas das utopias. 5.
Parado no alto do prédio estava Pedro. Pensando no tempo em que perdeu quando pensava no tempo.
Era o tipo de cara que jogava fliperama e logo depois lia um livro de filosofia.
Pedro parecia pálido. Por ter visto naquele dia Paula passar pela porta giratória.
Vendo que estava perdendo tempo. Pedro se aproximou e convidou Paula para um passeio de pára quedas.
Paula, por medo de altura, pediu desculpas.
Mas, propôs um passeio no parque.
Pela primeira vez os dois descobriam a paixão.
Mas um dia, Paula sumiu sem deixar pistas.
Pedro pirou e pediu para pular, mas dessa vez, sem o pára quedas.
Foi ai que Pedro, no alto do prédio, conheceu Priscila, que também queria pular.
Então os dois deram as mãos e pularam juntos. Sem nada a perder.
Pedro, nunca perdoou Paula, mas por piedade nunca deixou de lembrar daquela menina da porta giratória.
Era o tipo de cara que jogava fliperama e logo depois lia um livro de filosofia.
Pedro parecia pálido. Por ter visto naquele dia Paula passar pela porta giratória.
Vendo que estava perdendo tempo. Pedro se aproximou e convidou Paula para um passeio de pára quedas.
Paula, por medo de altura, pediu desculpas.
Mas, propôs um passeio no parque.
Pela primeira vez os dois descobriam a paixão.
Mas um dia, Paula sumiu sem deixar pistas.
Pedro pirou e pediu para pular, mas dessa vez, sem o pára quedas.
Foi ai que Pedro, no alto do prédio, conheceu Priscila, que também queria pular.
Então os dois deram as mãos e pularam juntos. Sem nada a perder.
Pedro, nunca perdoou Paula, mas por piedade nunca deixou de lembrar daquela menina da porta giratória.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Dos cinco dedos da mão é somente um que aponta
De tuas palavras são muitas as que ferem
Bastava um olhar para saber o porquê de se estar caminhando em estradas flutuantes
Sem perceber nossas rotas se cruzam pode ter certeza
Pois, em todos os caminhos possíveis o céu é o mesmo
E nele sempre tem as pedras que gostamos de chutar e os ventos que gostamos de comer
Da poeira que mistura com a saliva é inevitável o gosto de cimento ou barro
Caminhante não há caminhos...
Por isso, apenas caminhe.
Jaime José Silva.
De tuas palavras são muitas as que ferem
Bastava um olhar para saber o porquê de se estar caminhando em estradas flutuantes
Sem perceber nossas rotas se cruzam pode ter certeza
Pois, em todos os caminhos possíveis o céu é o mesmo
E nele sempre tem as pedras que gostamos de chutar e os ventos que gostamos de comer
Da poeira que mistura com a saliva é inevitável o gosto de cimento ou barro
Caminhante não há caminhos...
Por isso, apenas caminhe.
Jaime José Silva.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Preludio de cordel
Quando o batuque batucar;
Assim que a noite chegar;
O som vamos escutar;
E não adianta chorar,
Hoje vamos dançar,
Quero ver o sol nascer
E voçe chorar de rir,
Quando me ver cantando ao alvorecer,
Agora que me conhece, escute,
Vamos acampar na praia,
Antes que nossos dias acabem,
Vou cantar para voçe,
Antes da noite serena,
Antes das folhas de outono,
Antes do galo cantar,
A sim, claro vamos tocar!
E o batuque, a batucar!
Salve, salve saravá!
Jordane.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Achados e perdidos. (PARTE 2)
No outro lado da cidade, em cima da ponte Rio Niterói, uma mulher de pouco mais de 30 anos se prepara para planar vôo sobre a Baia de Guanabara.
Na sua cabeça vem apenas singelas lembranças de um passado distante, que nem mesmo usando todas as suas forças, consegue lembrar com perfeição.
Segura nos braços uma caderno de capa dura que pensa ter achado na rua. Entretanto, não tem certeza.
Em cima das pontes, os carros estão abandonados e todos ocupantes dos veículos saem em busca de respostas sobre o que está acontecendo. Mas, o dia parece normal, com um lindo por do sol, temperatura amena e uma leve brisa que refresca os poros de quem sente calor.
- A senhora vai pular. – Pergunta um homem de terno e gravata que fica no seu lado.
- Acho que sim. Porém, Não sei por que vou fazer isso. – Responde a mulher segurando o caderno nos seus braços.
- Deve ser a vontade de buscar respostas, se sentir livre, correr atrás daquilo que esquecemos ou apenas antecipa uma vontade súbita de morreeeeeer..... – Disse o homem se atirando do alto da ponte sobre o olhar incrédulo da mulher.
Por segundos, foi dominada pelo súbito nervosismo que aderiu nas suas pernas deixando frouxas, fazendo com que ela sentasse no chão. Ao olhar para os lados observou outras pessoas no meio da ponte, fora de seus carros, tentando buscar respostas e outras tantas se atirando na imensidão do mar, tendo o Pão de Açúcar como última vista.
Desesperada, passa as mãos sobre a sua cabeça tentando pelo menos descobrir seu nome, de onde vinha ou onde pretendia chegar. Mas, dominada pelo vácuo de seus pensamentos. A vontade de pular se tornava irresilível, sem saber por que, correu para dentro de um dos carros abandonados, trancando as portas e se sentido segura por uma coisa que não fazia a mínima idéia do que se tratava.
Alceu Kunz.
4/02/2010
(Continua... Próxima quinta)
Na sua cabeça vem apenas singelas lembranças de um passado distante, que nem mesmo usando todas as suas forças, consegue lembrar com perfeição.
Segura nos braços uma caderno de capa dura que pensa ter achado na rua. Entretanto, não tem certeza.
Em cima das pontes, os carros estão abandonados e todos ocupantes dos veículos saem em busca de respostas sobre o que está acontecendo. Mas, o dia parece normal, com um lindo por do sol, temperatura amena e uma leve brisa que refresca os poros de quem sente calor.
- A senhora vai pular. – Pergunta um homem de terno e gravata que fica no seu lado.
- Acho que sim. Porém, Não sei por que vou fazer isso. – Responde a mulher segurando o caderno nos seus braços.
- Deve ser a vontade de buscar respostas, se sentir livre, correr atrás daquilo que esquecemos ou apenas antecipa uma vontade súbita de morreeeeeer..... – Disse o homem se atirando do alto da ponte sobre o olhar incrédulo da mulher.
Por segundos, foi dominada pelo súbito nervosismo que aderiu nas suas pernas deixando frouxas, fazendo com que ela sentasse no chão. Ao olhar para os lados observou outras pessoas no meio da ponte, fora de seus carros, tentando buscar respostas e outras tantas se atirando na imensidão do mar, tendo o Pão de Açúcar como última vista.
Desesperada, passa as mãos sobre a sua cabeça tentando pelo menos descobrir seu nome, de onde vinha ou onde pretendia chegar. Mas, dominada pelo vácuo de seus pensamentos. A vontade de pular se tornava irresilível, sem saber por que, correu para dentro de um dos carros abandonados, trancando as portas e se sentido segura por uma coisa que não fazia a mínima idéia do que se tratava.
Alceu Kunz.
4/02/2010
(Continua... Próxima quinta)
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Um ser estranho, em silêncio, me entrega uma cartilha e sai. Esquisito aquilo, na capa há a imagem de um relógio digital, olhei com atenção e percebi que a imagem era animada, marcava as horas de uma forma confusa, os segundos não paravam, mas nunca saia das 21h33min.
Estou num grande salão, rodeado por inúmeras pessoas que conversam entre si, mas não consigo ouvir as vozes. Coloco a cartilha em cima da mesa, abro, ao passar os olhos nas linhas o que leio é repetido por todos ali dentro:
- Deste lado do muro é sempre mais seguro...
Assustado fecho-a e as vozes somem, o movimento no salão não para. Olho para a capa e os segundos passavam.
Naquele palco diário sentia que todos interpretavam um papel misterioso. De alguma forma, todos parecem guardar um segredo do mundo, algo que não posso saber. Olhavam como se parecesse óbvio entendê-los.
Estou num sonho de atos intermináveis.
Jaime Jose Silva
Estou num grande salão, rodeado por inúmeras pessoas que conversam entre si, mas não consigo ouvir as vozes. Coloco a cartilha em cima da mesa, abro, ao passar os olhos nas linhas o que leio é repetido por todos ali dentro:
- Deste lado do muro é sempre mais seguro...
Assustado fecho-a e as vozes somem, o movimento no salão não para. Olho para a capa e os segundos passavam.
Naquele palco diário sentia que todos interpretavam um papel misterioso. De alguma forma, todos parecem guardar um segredo do mundo, algo que não posso saber. Olhavam como se parecesse óbvio entendê-los.
Estou num sonho de atos intermináveis.
Jaime Jose Silva
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Salve Iemanjá
Hoje é dia de Iemanjá, dia de Nossa Senhora dos Navegantes! Quero dar um salve para rapaziada! salve salve Iemanjá! que nossos mares sejam generosos.
Bom hoje foi um dia muito quente, acho que todos perceberam, ao menos em florianópolis, hoje as palavras me faltam, talvez seja o calor. enfim encontrei uma charge bem legal, espero que gostem, até sexta rapaziada. Jordane
Bom hoje foi um dia muito quente, acho que todos perceberam, ao menos em florianópolis, hoje as palavras me faltam, talvez seja o calor. enfim encontrei uma charge bem legal, espero que gostem, até sexta rapaziada. Jordane
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
A realidade é cinza.
Obama era a salvação é nada fez, ou não deixaram ele fazer nada.
Lula era o azarão é hoje serve como exemplo para os demais lideres.
A China comunista está pronta para virar a maior potencia capitalista.
O que está acontecendo com o mundo?
Para onde estamos indo?
Alguma explicação?
Sinceramente, não sei. Entretanto suponho varias hipóteses.
Hipóteses são iguais teorias. Serve só para refletir.
Mas o grande problema está ai. A falta de reflexão.
A falta de se olhar no espelho e tentar enxergar além do que os olhos vêm, além do que o dinheiro compra. Além do além.
É principalmente, além da maldita falta de inspiração.
Alceu Kunz. Além da lanchonete.
Lula era o azarão é hoje serve como exemplo para os demais lideres.
A China comunista está pronta para virar a maior potencia capitalista.
O que está acontecendo com o mundo?
Para onde estamos indo?
Alguma explicação?
Sinceramente, não sei. Entretanto suponho varias hipóteses.
Hipóteses são iguais teorias. Serve só para refletir.
Mas o grande problema está ai. A falta de reflexão.
A falta de se olhar no espelho e tentar enxergar além do que os olhos vêm, além do que o dinheiro compra. Além do além.
É principalmente, além da maldita falta de inspiração.
Alceu Kunz. Além da lanchonete.
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