sábado, 9 de abril de 2011

Conversa fiada


Fascinante conversa fiada:
Ninguém disse nada;
Todos perceberam que alguém agiu.
Eis o momento infortúnio.
Sensação facial que normalmente o constrange.
A habilidade do disfarce, o at@r atua.

De nada adianta, ouve da varanda;
Conversa fiada escuta na rua;
Gente que nada viu.
Quem separou o que se uniu?
Algo que as vistas não abrangem;
A atriz toda nua.

Quando cruzo a estrada;
As buzinas ecoam do nada
Ninguém fugiu.
Mau agouro da bruxa vil.
Toca a e tange;
Como a luz da mais cheia lua.

Sem demora, alista na aurora; Amor da hora, tolice nubilosa;
Como amora e iogurte; Pleno de uma atuação. Nas noites que durmo;
Escuta essa canção.


Ainda nessa semana um anjo partiu;
Aquele que ninguém nunca viu;
Enamora as noites, com seu caderno e penas;
Que seja tu a próxima a rimar com esse poeta;

Palavra nula nada ajuda nessa minuta;
Aja feito chama em canaviais;
Ao dançar se permita;
Anule o nulo do nada.

Velho sapo enrugado, nato;
Ousa lamber borboletas!
Eis a insana natureza;
Cega quem viu;
O gosto das asas na boca do batráquio.


Jordane

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