
Pobres homens que apreciam os brilhos da cidade.
Por que elas dizem tudo da boca pra fora.
Apreciam sua autodestruição e dizem:que lindo.
Essas pessoas são as mesmas que dizem que uma flor bonita
é uma flor de plástico.
Ver estrelas, não é apenas observar. É sentir a energia que eles passam,
é sentir como nós somos mesquinhos perante as situações ridículas.
Todos nós queremos amar, mas não temos coragem. Temos medo de
que possa dar errado.
Pobre da pessoa que recusa o amor, porque dela nunca vai sair vida.
A cidade nos engole, e muitos gostam disso.
É apavorante.
O sol nasce e ilumina
as pedras evoluídas
que cresceram com a força
de pedreiros suicidas.
Cavaleiros circulam
vigiando as pessoas,
Não importa se são ruins.
nem importa se são boas.
E a cidade se apresenta
centro das ambições
para mendigos ou ricos
e outras armações.
Coletivos, automóveis,
motos e mêtros,
Trabalhadores, patrões,
policiais, camêlos.
A cidade se encontra
prostituída
por aqueles que a usaram
em busca de saída.
Ilusora de pessoas
de outros lugares,
a cidade e sua fama
Vai além dos mares
No meio da esperteza
internacional
a cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos.
Eu vou fazer uma embolada,
um samba, um maracatu
tudo bem envenenado
bom pra mim e bom pra tu
Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus
Num dia de sol,
Recife acordou com a mesma fedentina
do dia anterior.
A CIDADE NÃO PARA....
Alceu Kunz