quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Terça-feira
Por que quanto mais te conheço
Mais gosto do teu veneno!
Libélula dos sonhos bucólicos!
Serpente rastejante que me segue!
Noites estranhas que apodreço;
Sinto a carne putrefa entre os dentes;
Ainda deixado pelo almoço.
Juntamente com seu perfume pertinente;
Voa rasante, seduz com sua beleza!
Mas quando pousa, imita urubus.
Mastiga este corpo, arranque esta tristeza.
Flatulências que saem do seu anus!
Tomam conta do ambiente.
Ó musa fedorenta vem e senta nesta mesa vil;
Peça uma cerveja e arrote na minha cara;
Seja o bêbado depravado antes que seu corpo seja putrefato;
Irrite, vomite, me imite, mas não viva apenas sobre limites.
Saudações a todos os velhos bohemios;
Eis aqui um poeta diferente,
Rimas podres em um dia ameno;
Rimas doces apenas com veneno.
Que seja glorioso esse dia porque os bohemios ainda vivem!
J.C.
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