quarta-feira, 7 de novembro de 2007

OLHAR SOBRE A CIDADE

Noite. Olho a cidade
Aquários simétricos, hjerméticos, invioláveis
Onde se escondem as multidões da cidade.
Multidões que se cruzam
Conhecem e não se olham
Olham mas disfarçam
Sorrissos! imploram
Alguns gentis, outros reaça.
Não se tocam
Gestos se esboçam
De querer bem
Não se completam
Alguns com desdém.
Palavras inúteis
Escondendo gritos.
Quantas pessoas
Uma solidão absoluta
Na algazarra dos comuns
Porque nenhum?
Porque tão longe?
Porque incomum
Escorre dos aquários da cidade.
Cai a noite
No meu aquário
Eu penso
Na cidade.

Aos meus amigos dos Bohemiosdebar que sairam para desvendar oceanos e mares sem fins,, mas sempre voltam a cidade, para reunirem-se nos seus aquarios.
Jaime Baghá

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