quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mefistofeles no velorio


Mortificação, dor, saudades nada disso ela sente.

O corvo traz a mensagem ao poeta vivo.

Ele vê a tragedia em sua frente, o corvo sorri pois sua felicidade e' o desencanto;

como a morte e' para o vivo, a infelicidade emana nos olhos antes brilhantes,

ele morreu, diz Platão, devia ter separado da família aos doze,

Paris, Montevidéu, Caracas, Sidney, Londres, Egito, Toquio não existe lugar que não tenha visitado,

ela prega peças, ela diz: I need new esperience! Tudo e' igual, ela ce comove, e ve em seu leito de morte apenas um quadro, uma flor e apenas uma lagrima, uma lagrima ha muito esquecida por ela. Sua outra metade, aquele que o mundo procura, um poeta.Homem solitario, sem muitas palavras, sem muitas lagrimas.

E o corvo pela ultima vez ce pronuncia a eferma: Es o que restou do seu outro eu. A morte infame, e advinhe? Sua unica flor de velorio e' de quem voce deixou ha tempos. Viva para a eternidade, conheca toda a sabedoria pois aquele que lhe podia fazer feliz, mesmo que momentaneamente preferiu a morte que experar sua lucidez!

Entao como magica o corvo some. No seu lugar Mefistofelis argumenta, Nem Dante havia pensado, imediatamente imediato! Oxum ja havia lhe dito, sunce nao houve de ve! Terminas o que comecou, ou terminarei em voce!

A mulher prepotente alienada segue seu rumo, deixa o velorio dos sentidos, alimenta seu ego, fica bebada e lembra.

O cavader se remexe, nasce novamente das cinzas do amor, Agora diferente, olha o presente e sorri friamente, Rimas eloquentes e; o que brota da mulher indecente. Moral e sutileza e' o banquete dionisiaco.


Jordane Camara

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