sábado, 14 de julho de 2007


Tu que, como uma punhalada,

Em meu coração penetraste,

Tu que, qual furiosa manada

De demônios, ardente, ousaste,


De meu espírito humilhado,

Fazer teu leito e possessão

- Infame à qual estou atado

Como o galé ao seu grilhão,


Como ao baralho o jogador,

Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor

- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz

Que a liberdade me alcançasse,

E ao veneno, pérfido algoz,

Que a covardia me amparasse.


Ai de mim! Com mofa e desdém,

Ambos me disseram então:

"Digno não és de que ninguém

Jamais te arranque a escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro

Te libertássemos um dia,

Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!


Charles Baudelaire, O Vampiro.


“Cuidado/ Com o homem comum/ Com a mulher comum/ CUIDADO com o amor deles. Cuidado com aqueles que procuram constantes multidões/ Eles não são nada/ Sozinhos. Cuidado com aqueles que elogiam fácil/ Porque eles precisam de elogios de volta/ CUIDADO com aqueles que censuram fácil/ Eles tem medo daquilo que não conhecem. O amor deles é comum, procuram/ O comum/ Mas ha genialidade em seu/ Ódio para matar você, para matar qualquer um. Sem esperar solidão/ Sem entender solidão/ Eles tentarão destruir/ Qualquer coisa/ Que seja diferente/ Deles mesmo.Incapazes/ de criar arte/ Eles irão/ matar a arte. Eles vão considerar sua falha/ Como criadores/ apenas uma folha/ Do mundo. Incapazes de amar completamente/ Eles vão ACREDITAR que seu amor é incompleto. E ELES VÃO ODIAR VOCE. E seu ódio será perfeito/ como um diamante brilhante/ Como uma faca/ Como uma montanha/ Como cicuta. Sua mais fina ARTE. (BAGHA)





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